As crianças com síndrome de down tem mais problemas oculares ?
A qualidade de vida pode ser melhorada pela avaliação adequada e correção de problemas oculares.
Os problemas oculares mais comuns incluem:
• Erros de refração – as crianças com síndrome de Down são mais propensas a precisar de óculos do que as outras crianças. Isso pode ser devido a miopia, hipermetropia ou astigmatismo. O erro refrativo pode se desenvolver no início da vida ou mais tarde.
• Estrabismo – entre 20% e 60% dos indivíduos com síndrome de Down têm olhos que estão desalinhados (estrabismo). A Esotropia (olhos tortos para dentro) é mais comum, enquanto a exotropia (olhos que entortam para fora) ocorre com menos frequência. O estrabismo pode ser tratado com óculos, tampão, aplicação de toxina botulínica e/ou cirurgia muscular do olho.
• Blefarite – Inflamação das pálpebras com vermelhidão na borda das pálpebras e “caspas” nos cílios podem ocorrer e causar sensação de secura ou coceira. O tratamento é com a higiene diária das pálpebras (sempre) e antibióticos tópicos (quando necessários).
• Lacrimejamento – lágrimas excessivas podem ocorrer porque os canais de drenagem estão bloqueados ou estreitos (obstrução do ducto nasolacrimal). A massagem na região do saco lacrimal é o primeiro tratamento e costuma melhorar quando feita adequadamente. Caso não melhore, pode exigir sondagem das vias lacrimais ou intervenção cirúrgica.
• Nistagmo – este é um movimento involuntário “de ida e volta” ou agitação dos olhos. Pode afetar a visão para um grau leve ou severo. Pode ocorrer também como sinal de baixa visão na criança.
• Ceratocone – uma distorção em forma de cone da córnea (camada frontal do olho), ocorre em até 30% das pessoas com síndrome de Down. O ceratocone geralmente é diagnosticado em torno da puberdade e deve ser monitorado regularmente. O ceratocone pode causar grau alto e baixar muito a visão. O hábito de coçar os olhos pode aumentar a progressão do ceratocone.
• Catarata – existe uma incidência aumentada de catarata congênita (presente no nascimento), bem como cataratas adquiridas (desenvolvidas posteriormente). As cataratas podem progredir devagar e devem ser monitoradas regularmente, com tratamento quando apropriado.
• Glaucoma – existe um risco aumentado de glaucoma infantil (pressão elevada dentro do olho).
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