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Catarata avança no Brasil

A catarata, maior causa de cegueira tratável no mundo é a doença ocular que mais cresce no Brasil. O principal motivo é o aumento da população com mais de 60 anos que deve triplicar no país até 2050. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier em Campinas a catarata torna opaco nosso cristalino, lente natural do olho responsável pelo foco para longe e perto. A evolução da doença, afirma, é lenta e pode passar despercebida. Prova disso, é que a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) divulgada ano passado pelo IBGE aponta incidência menor da catarata que a preconizada pelo OMS para todas as faixas etárias a partir dos 60 anos.

Outra evidência de que a catarata passa despercebida é o fato de 18% das pessoas com indicação de cirurgia não passarem pelo procedimento por considerarem desnecessário. O especialista ressalta que a doença progride até a perda total da visão e tem como único tratamento a cirurgia. No Brasil, 71% da população com mais de 60 anos permanece na ativa. Por isso, observa, para a maioria a visão mínima aceitável é de 50%. Abaixo disso a produtividade fica comprometida, além do risco de depressão e quedas ser maior.

Primeiros sintomas

Queiroz Neto alerta que quanto mais a cirurgia é adiada maiores são as chances de complicações no procedimento porque o cristalino fica muito rígido.

Os primeiros sinais da catarata são:

· Mudança frequente do grau dos óculos.

· Perda da visão de contraste.

· Dificuldade de enxergar à noite ou em ambientes escuros

· Aumento da fotofobia (aversão à luz)

Cuidados preventivos e fatores de risco

O oftalmologista ressalta que embora a catarata seja inevitável conforme envelhecemos, doenças como o diabetes, uso prolongado de corticóide, diurético ou tranquilizantes, podem antecipar o desenvolvimento.

As recomendações para adiar o aparecimento da doença são:

· Proteger os olhos no sol com lentes que filtrm 100% da radiação ultravioleta. A falta de proteção aumenta em 60% o risco de catarata

· Evitar o consumo de cigarro e bebida alcoólica que aumentam a produção de radicais livre e antecipam o envelhecimento inclusive dos olhos

· Evitar o consumo excessivo de sal, açúcar e alimentos ricos em colesterol que desnaturam a as células do cristalino.

· Incluir alimentos ricos em: vitamina C como as frutas cítricas, carotenóides encontrados folhas verdes,vitamina E encontrada em gérmen de trigo e abóbora, selênio que tem na castanha do Pará a principal fonte, zinco encontrado nos cereais, ostras e iogurte

· Evitar a vida sedentária e rotinas muito estressantes.

Cirurgia

A cirurgia de catarata é uma das áreas da oftalmologia que mais agregou novas tecnologias nos últimos anos. Consiste na substituição do cristalino opaco pelo implante de uma lente biocompatível. Hoje pode ser feita por facoemulsificação ou a laser.

Queiroz Neto afirma que a principal diferença entre os dois tipos de procedimento é que a cirurgia a laser é totalmente personalizada, os cortes são feitos a laser em uma inclinação autosselante que dispensa pontos. Isso permite torna o resultado mais preciso e previsível e pode zerar o astigmatismo. O sistema. explica, possui dois componentes integrados: um laser de femtosegundo, tecnologia utilizada na cirurgia refrativa feita inteiramente a laser, e uma OCT (tomografia de coerência ótica). Embora a aspiração do cristalino continue sendo feita pelo ultrassom como na técnica tradicional,

A OCT tira medidas das duas faces da córnea, do cristalino e da câmara posterior que são projetadas em telas para o cirurgião programar os cortes da cirurgia conforme a anatomia de cada olho

O laser de femtosegundo também reduz o tempo de exposição ao calor do ultrassom porque fragmenta o núcleo da catarata. Por isso, reduz a perda de células irrecuperáveis da camada interna da córnea, o endotélio.

Independente da técnica o oftalmologista afirma que a qualidade da lente implantada faz grande diferença no resultado final. Hoje existem diversos modelos de lentes multifocal, inclusive tóricas que são indicadas para casos de astigmatismo. A melhor lente para cada cirurgia depende da estilo de vida, avaliação pré cirúrgica e expectativa do paciente.

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