30% das cefaléias na infância estão relacionadas ao excesso de computador
- Dr. Leoncio Queiroz Neto
- 21 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

Estudo mostra que 30% das cefaléias na infância estão relacionadas ao excesso de computador que também leva à miopia acomodativa.
A dor de cabeça é uma das principais causas das consultas oftalmológicas entre crianças. Quando um filho se queixa é a primeira especialidade consultada pelos pais. A boa notícia é que os problemas oftalmológicos só causam 1% da cefaléia na infância. O problema geralmente resulta do stress ocular provocado pelo esforço visual no computador.
O uso excessivo da tecnologia faz com que a incidência da dor de cabeça relacionada à visão salte de 1% para 30% na infância. É o que mostra um estudo realizado pelo Dr.Leôncio com 360 pacientes de 9 a 12 anos que chegavam a ficar 6 horas ininterruptas na frente do computador, videogame e outras tecnologias.
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É fácil identificar a cefaléia relacionada ao excesso de computador. Ele explica que geralmente surge depois de duas horas em frente a telinha. É caracterizada por uma dor tensional nas têmporas e pescoço. Cabe aos país, orientar a criança para evitar as crises. Na maior parte dos casos a dor desaparece com descanso, olhando para o horizonte de 15 a 30 minutos a cada hora na frente do monitor, e até fazendo uma caminhada pela casa. Se não desaparecer, a recomendação é consultar um especialista.
Risco de miopia
O estudo também mostra que o excesso de computador pode estar relacionado ao aumento da miopia. Isso porque, o esforço visual prolongado para enxergar de perto, causou miopia em 21% das crianças contra a prevalência de 12% apontada pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia). Em crianças a visão está em desenvolvimento, e a contração prolongada dos músculos ciliares para focar as telas eletrônicas inibe o relaxamento dessa musculatura e leva à miopia acomodativa. É diferente da miopia patológica em que o eixo da visão cresce. Por isso, pode ser revertida com descanso dos olhos, mas pode se tornar um mal permanente se a criança permanecer diariamente por mais duas horas olhando para as telas eletrônicas, o que explica porque um estudo americano recomenda as atividades ao ar livre para evitar a miopia.
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